PARABÓLA DAS MINAS
Jesus era um gênio. Com histórias de cunho popular, chamadas “parábolas”, ele conseguia chegar ao coração de seus ouvintes. Aqueles que entendiam as parábolas de Jesus se comprometiam com o Reino de Deus, ou, definitivamente, se tornavam inimigos do Reino. Foi o que aconteceu, por exemplo, na “Parábola das Minas” (Lucas 19.11-27). Jesus sai da casa de Zaqueu, um cobrador de impostos que entendeu a proposta de Jesus, convertendo-se. Jesus caminha em direção ao seu sacrifício maior em Jerusalém. Na caminhada, ao lado do Mestre, se encontram os discípulos e muitos fariseus dispostos a acabar com Jesus.
O conteúdo da parábola é o seguinte... Certo homem nobre (referindo-se com certeza a Deus) programa uma viagem para uma terra distante. Ele estará ausente e não tem previsão de volta. Ele é um homem muito rico, que está expandido suas posses. Ele sabe o que tem e quer progredir. Olha longe. Diante de sua viagem eminente, ele chama seus empregados, delegando-lhes uma missão. Na verdade, essa era a oportunidade de testar a maturidade de seus súditos. Esses homens não eram escravos. São livres, com a responsabilidade de negociar os bens do “nobre”. Cada “mina” equivalia ao valor de 1000 ovelhas. O nobre deixa claro que voltará para prestar contas. O tempo da viagem está indefinido. Apenas, eles precisam ter certeza de que ele voltará.
Acontece que, depois da partida, é enviada uma embaixada local. Alguns cidadãos daquela terra desprezam esse homem nobre. Não querem que ele retorne. Mandam o recado: Não queremos nada contigo, por isso: Vá e não volte mais! Tais cidadãos, com certeza, fariam também o possível para evitar que os empregados tivessem sucesso na aplicação de seus bens, suas minas. Davam maus conselhos aos súditos. Colocaram barreiras no esforço dos empregados.
Todavia, o nobre, como foi prometido, vai e volta, depois de algum tempo. A embaixada não teve sucesso. Ele volta vitorioso. Ele teve sucesso em seus negócios. Havia conquistado novas terras, outras cidades. Assim que chega, chama os empregados para prestarem contas.
O primeiro devolve ao nobre dez moedas. Recebeu uma e devolveu dez. Como prêmio recebe a chance de governar sobre dez cidades conquistas.
O segundo entrega cinco moedas e obtém a recompensa de administrar cinco cidades conquistadas. Nenhum deles é orgulhoso. Nenhum diz: Eu sou o maioral. Eu consegui “tantas” moedas. Eles dizem, humildemente: A “sua” moeda, Senhor, rendeu “tanto”. Àqueles que se dedicaram, sendo caprichosos, foi-lhes dada maiores oportunidades. Tiveram a chance de mostrar ainda mais responsabilidade. Ou seja, se engajaram e receberam a oportunidade de crescimento.
O último a prestar contas chegou envergonhado com mil e uma desculpas. Ele não valorizou a moeda, dizendo simplesmente: “Eu” tive medo! De fato, ele não conhecia seu patrão. Ele tinha uma visão errada de seu Senhor. Como conseqüência, perdeu o que tinha. Sua moeda, sua responsabilidade, foi entregue ao que tinha dez. Justo ou injusto? Ao competente é entregue uma missão maior. Ao incompetente cabe a desclassificação.
Noutras palavras, ao relaxado, que se desculpa ao invés de se dedicar, não resta alternativa do que viver na pobreza. Ao que se dedica é dada a oportunidade de continuar crescendo, mais e mais. Ainda noutras palavras, se um membro do corpo é ágil, ele se desenvolve, caso contrário, atrofia e se torna inútil.
Agora, por fim, restou o acerto de contas com aqueles “cidadãos” que odiavam o nobre, enviando-lhe uma embaixada de rejeição. O destino desses foi a morte, pura e simplesmente.
LIÇÕES: Existem duas lições claras na parábola de Jesus. A primeira é: O fim daqueles que rejeitam a Deus/Jesus já está decretado: É a morte! Viverem eternamente distantes do Senhor. Se hoje não querem viver com ou de acordo com o Senhor, porque o merecerão quando Jesus voltar vitorioso. A volta de Cristo é certa. Não sabemos o dia, nem a hora, mas é certa. Quem rejeita hoje será rejeitado também no futuro.
Agora, a segunda lição. Vivemos numa sociedade “cristã”. A grande maioria da população foi batizada, diz que crê Deus, confessa e segue uma religião. Alguns são membros inscritos, freqüentadores assíduos de templos. Todos receberam da parte de Deus dons e talentos, responsabilidades e oportunidades. Na sua vida, aplicaram ou não suas “minas”. Quem caprichou ganha sua recompensa. Quem foi preguiçoso fica na mão. Quando nos engajamos na causa do Reino de Deus, crescemos e sentimos satisfação em nosso viver. Percebemos Deus abrindo portas, dando-nos constantemente novas chances. Quando paramos de agir, deixando tudo aos outros, mais cedo, mais tarde, no ajuste de contas, seremos envergonhados, perdendo aquilo que já tínhamos.
Por isso, aqui vem a pergunta: Onde você está? Se você pertence ao grupo que rejeita a Deus, o fim é a morte, separação de Deus. Todavia, se você é cristão assumido, pode ocupar-se com os bens que Deus te deu, agindo de forma responsável, ou pode se acovardar e esconder o seu “dom”. O conselho final é: Você quer crescer? Então, dedique-se ao Reino de Deus. Faça render a “mina” de Deus. A recompensa cedo ou tarde virá. Amém!
Autor P. Euclécio Schieck.
Publicado por: Pastor Aldeci Araújo
Postar um comentário