sábado, 24 de abril de 2010

SAÚDE EPIDEMIA Casos de dengue aumentam 72% no Brasil

Entre 1º de janeiro e 6 de março, o Brasil registrou 227.109 casos de dengue, um índice 72% maior do que o verificado no mesmo período de 2009, quando houve 131.872 infectados pela doença no país, segundo o último balanço feito pelo Ministério da Saúde. Porém, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde, nos municípios paulistas já são 34.282 casos até o fim de março, mais que o dobro das somas totais dos últimos dois anos. Em 2008 inteiro, o estado registrou 7.364 casos. O número subiu para 8.996 em 2009. Já os índices do ministério divergem dos números apresentados pela secretaria. Segundo a pasta nacional, no levantamento, finalizado dia seis de março, constam 11.875 casos no estado de São Paulo. Segundo a pasta nacional, os estados com maior incidência durante este período foram Acre (1.732, 4 casos por 100 mil habitantes), Mato Grosso do Sul (1.334,9), Rondônia (1.248,5), Goiás (849) e Mato Grosso (778,8). Estes quatro estados, juntos com Minas Gerais e São Paulo, concentram 86,5% os casos notificados neste período. De acordo com o ministério, 35,4% do total de casos notificados no país, até o momento, estão concentrados em apenas seis municípios: Goiânia-GO (14%), Campo Grande-MS (9,1%), Rio Branco-AC (4,8%), Belo Horizonte (4%), Porto Velho-RO (2,6%) e Aparecida de Goiânia-GO (2,5%). Menos mortes Sobre as mortes, foram registradas 65 em 2010, contra 85 em 2009, redução de 23,5%. Até o dia 6 de março houve 394 casos graves de dengue. Em relação ao mesmo período de 2009, quando foram registrados 2.097 casos graves, houve redução 81,2%. A pasta, porém, ainda não contabilizou os casos mais recentes dos meses de março e abril. “A doença só existe porque existem mosquitos, não se mata o suficiente. É preciso mais competência para lutarmos contra a dengue”, avalia o virologista Celso Francisco Granato, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O especialista alia as condições climáticas (chuvas e calor) ao serviço do poder público e à falta de prevenção das pessoas para o aumento de mais de 70% nos casos de dengue neste ano. “Se tivéssemos um serviço adequado e colaborássemos, seria diferente. Todos nós temos uma parcela de culpa”. Alternância de três vírus piora pandemias O Brasil tem várias epidemias de dengue ao mesmo tempo, conforme avaliação do virologista Celso Francisco Granato. Segundo ele, há regiões em que os focos da doenças persistem há anos, como Araçatuba, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no interior paulista. Em outras localidades, como nos estados do Paraná, Goiás e Mato Grosso, a alternância de vírus provoca as pandemias. Segundo o médico, há três tipos de vírus da dengue circulando no país. Os vírus 2 e 3 existiam em maior quantidade, enquanto o 1, que estava sumido, voltou a aparecer recentemente. Para o especialista, as pessoas se tornam imunes a um vírus após ficar doentes pela primeira vez. “Há 25 anos que não tínhamos o vírus 1. Agora há novas pessoas, que não tinham ficado doente e nem estavam imunizadas”, explica o virologista. Recusa em abrir portas dá multa Especialistas insistem que a população deve fazer a sua parte e diminuir os prováveis focos da proliferação do mosquito Aedes aegypt. Em grande parte dos casos, os focos estão dentro das resistências, em vasos, garrafas e outros objetos que podem acumular água. Em Santos, na Baixada Santista, a recusa em abrir as portas para os agentes da dengue pode resultar em multas que alteram de R$ 500 a R$ 5 mil. O prefeito da cidade, João Paulo Papa, anunciou na semana passada que os valores das multas variam para o caso de residências e estabelecimentos comerciais. Em caso de resistência, o imóvel pode ser invadido com ajuda da polícia. A Baixada Santista enfrenta uma grande epidemia — o Guarujá, por exemplo, teve 2.979 casos nos três primeiros meses do ano, enquanto São Vicente teve 1.877. “O mosquito tem um raio de voo de 200 metros. Com isso, a pessoa, mesmo tomando os cuidados, pode estar exposta a riscos devido à falta de atenção de vizinhos”, diz o virologista da Unifesp.

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