[Noticia] Igreja Mundial do Poder de Deus – Quatro missionários morrem ao serem atropelados por filho de político embriagado
O acidente que deixou quatro mortos e um ferido no bairro Batel, em Curitiba, colocou em xeque mais uma vez a nova lei seca. O motorista, acusado de causar o acidente depois de furar o sinal vermelho, tinha sinais de embriaguez, de acordo com os policiais que atenderam à ocorrência. Por orientação de seu advogado e usando um direito constitucional (ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo), o rapaz recusou-se a fazer o exame do bafômetro ou de sangue. O motorista foi preso em flagrante acusado de homicídio com dolo eventual (quando não há intenção, mas o autor age de forma a assumir o risco pelo resultado).
De acordo com testemunhas, a colisão ocorreu às 6h30 da manhã de ontem. Uma Mit subishi Pajero, placa de Curitiba AEL 8003, conduzida por Eduardo Miguel Abib, descia a Rua Francisco Rocha, no bairro Batel, em alta velocidade. Ao chegar ao cruzamento com a Avenida Batel furou o sinal vermelho, colidindo com o Citroën C3, placa do Rio de Janeiro JPS 6560, que seguia sentido centro-bairro. De acordo com a Urbs, não há radares no local. Dos cinco ocupantes do Citroën, três morreram no local, um a caminho do hospital e outro está internado no Hospital Evangélico em estado grave.
Ontem, durante todo o dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus entrou em contato com os parentes das vítimas, que são de outros estados. Uma família é do México. “Nós mudamos muito de cidade, porque trabalhamos na evangelização. Tem várias famílias de fora”, explicou o pastor Luís Carlos Oliveira.
Os ocupantes do Citroën eram membros da Igreja Mundial do Poder de Deus e estavam indo gravar uma chamada para um programa de televisão, no Cristo de São Luiz do Purunã, na região metropolitana. O condutor do carro era o pastor Felipe Pires, 25 anos. Ao lado dele, estava a esposa, Thayná da Silva Archangelo, 18 anos. No banco de trás, o pastor Alexandre Cuesta e Silva, 29 anos, e a sua esposa mexicana, Ana Karen Quintanilha, 19 anos. Acompanhava o grupo no banco de trás também o cinegrafista Clóvis José de Jesus, 29.
O pastor José Carlos Santiago estava no Cristo e, estranhando a demora, contatou diversas delegacias até ser informado sobre o acidente. Ele chegou ao local do acidente quando os corpos tinham acabado de ser retirados. “Ainda tinha sangue no chão e conseguimos ver o interior da Pajero, onde havia latas de cerveja”, conta. A polícia confirma a informação de que havia pelo menos uma lata de cerveja no interior do veículo.
Thayná morreu a caminho do hospital. Ana Karen e Alexandre foram arremessados para o lado de fora do carro e morreram na hora. Clóvis morreu também no momento do acidente. Felipe foi encaminhado para o Hospital Evangélico, com um trauma no tórax. De acordo com o pastor Luís Carlos Oliveira, foi um choque para a igreja perder quatro membros de forma tão trágica. A preocupação agora, segundo ele, é que a justiça seja feita.
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